domingo, 9 de agosto de 2009

Projeto social resgata a história do samba


Por Daniel Waquim - Jornalista - O Noticiário - Ubá (MG)

Com a intenção de resgatar o Samba em Ubá, o sociólogo e músico Cosme Elias desenvolveu o projeto “Vive melhor quem samba” que visa dar apoio e incentivo a jovens do Bairro São João que aprendem a valorizar o samba, a história do carnaval, além da importância social como símbolo da identidade dos brasileiros.
Fruto de um antigo trabalho do sociólogo no qual ensinava gratuitamente jovens de baixa renda a tocar instrumentos e ministrava aulas sobre a história do gênero musical no Rio de Janeiro, o nome do projeto “Vive melhor quem samba” foi uma homenagem à música “Viver” produzida pelo sambista e compositor Antônio Candeia Filho que, segundo Cosme, traduz o carnaval dentro da realidade brasileira.
“Quando cheguei a Ubá, percebi que o município perdeu sua tradição carnavalesca e criei o projeto para resgatar o Samba, e ao mesmo tempo ter uma função social. Esses jovens estão em situação de risco, conflitos familiares, baixa renda, envolvimento com drogas e gangues. Acredito que a música é um agente transformador e pode dar um novo sentido para vida deles”, afirmou Cosme.
O grupo existe desde o ano passado e atende a 16 jovens que tem aulas de Tamborim, Chocalho, Repique, Agogô, Caixa-de-guerra e Surdo. Os instrumentos foram conseguidos pelo atual prefeito Vadinho Baião através da Itatiaia Moveis. O projeto recebeu também o apoio do vereador Vinícius Samôr que percorreu com Cosme as ruas do bairro convidando as pessoas a participar.
De acordo com Taís Mara da Silva, de 18 anos e que há oito meses participa das aulas, o projeto está transformando sua vida. “É muito bom participar do projeto. Tem me ajudado muito, passo mais tempo em casa e vir às aulas me fez ter vontade de estudar e voltar à escola”, disse Taís.
Segundo Cosme, atualmente o projeto não recebe nenhum tipo de ajuda, o que tem dificultado seu andamento. “O objetivo é ampliar para outros bairros a proposta, tenho buscado parcerias, mas por enquanto sem resultados”, ressaltou ele.